quarta-feira, 1 de junho de 2011

Questão 3 - Fichamento

Artigo 1

Influência de fatores genéticos na etiopatogênese da doença periodontal

Kim YJ, Viana AC, Scarel-Caminaga RM, Influences of genetic factors in the etiopathogenesis of periodontal disease. Rev. Odontol UNESP. 2007; 36(2):175-180

A doença periodontal acomete indivíduos em todo o mundo, estima-se que a forma severa da doença atinja cerca de 10% dos adultos. Ela tem se mostrado uma doença de grande seriedade por está relacionada com várias doenças sistêmicas.

É uma doença crônica caracterizada por um processo inflamatório destrutivo que afeta os tecidos de suporte do dente. Podendo ser observada clinicamente a formação de bolsas periodontais, reabsorção do osso alveolar e eventual perda do elemento dental.

Bactérias periodontopatogênicas como Porphyromonas gingivalis, Tannerella Forsythia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Treponema Denticola, entre outros residem nas bolsas periodontais, onde o sistema imune tem dificuldade em eliminar esses microorganismos.

Além da infecção por periodontopatógenos e da resposta do hospedeiro, o caráter multifatorial da doença periodontal sofre influência dos fatores de risco como fumo e diabetes. É também considerada uma doença de caráter multifatorial, difícil de quantificar a influencia de fatores ambientais e genéticos. A quantificação desses fatores pode ser obtida através de estudos com gêmeos, com síndromes que apresentam a periodontite como uma característica clinica, entre outros.

Os estudos realizados com gêmeos monozigóticos e dizigóticos, avaliando o grau de concordância ou discordância de uma ou mais características, levou em consideração a relação dos gêmeos entre si e com o ambiente, observando em seguida que os fatores genéticos exercem maiores influencia na herança da periodontite do que fatores relacionados ao ambiente, como a presença de microorganismos e hábitos comportamentais.

Outro teste realizado para identificar a influencia da genética e dos fatores ambientais é com as famílias, sendo o mais utilizado com freqüência. Ele é destinado a investigar um possível envolvimento da genética na periodontite agressiva.

Nesse caso, apesar dos fatores ambientais serem de grande importância, a influencia dos fatores genéticos pode ser variado de acordo com a quantidade de famílias estudadas e melhor for as variáveis ambientais entre elas.

São realizados também estudos populacionais envolvendo polimorfismos genéticos, sendo investigados principalmente aqueles presentes em genes que participam da resposta imune do hospedeiro, da sinalização intracelular ou das vias enzimáticas de degradação tecidual. Os primeiros polimorfismos investigados foram nos genes que formam o “cluster” ou agrupamento da Interleucina 1. A analise desses polimorfismos levou à conclusão de que há uma relação com o fumo, idade e muitos outros fatores.

Diferenças nos níveis de interleucina relacionadas à suscetibilidade à doença periodontal são características de polimorfismos de genes das citocinas.

Ao realizar todos os estudos verificou-se que as diferenças nos níveis de interleucinas são relacionadas com suscetibilidade e/ou progressão da doença periodontal em determinadas populações, sendo assim, características de polimorfismos de genes das citocinas. Entretanto, devido à variabilidade da freqüência de alelos nesses polimorfismos nas diferentes etnias, nenhum dos investigados podem ser utilizados como marcadores genéticos da doença periodontal.

Após os estudos realizados com gêmeos e com famílias verifica-se que há evidencias de influencia genética na doença periodontal. Havendo uma incompreensão relacionada aos estudos com polimorfismos, causado pela suscetibilidade à progressão de pesquisas relacionados aos polimorfismos.

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